27 de abr. de 2020

Covid-19: Gustinho Ribeiro volta a defender unificação das eleições


Para o deputado, a realização das eleições em 2020 dependerá mais dos resultados colhidos pelas autoridades em Saúde.

Em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que vem crescendo país afora dia após dia, o deputado federal lagartense Gustinho Ribeiro (SD-SE) voltou a defender a unificação das eleições e o fim da reeleição para os mandatos do Poder Executivo. A defesa ocorreu em entrevista ao jornalista Jozailto Lima, na última sexta-feira, 24.

Gustinho: Não faz sentido nenhum fazer eleições em 2021
De acordo com o deputado, a realização das eleições dependerá mais das autoridades em Saúde do que da Justiça Eleitoral. “Acho que os resultados que as ações das autoridades de saúde nessa pandemia vão produzir para os órgãos governamentais é que devem ditar se podemos ter ou não eleições este ano. É uma coisa que foge um pouco ao nosso controle”, ressalta.


No entanto, Gustinho Ribeiro disse acreditar que não haverá eleições este ano se o atual clima da pandemia permanecer até o dia 1º de setembro. “Como é que nós vamos fazer eleição sob isolamento social, se uma das principais ações de uma campanha política é o contato com a população, é o agrupamento de pessoas?”, questiona o deputado.

Por isso, o parlamentar defendeu que as eleições fossem realizadas em 2022, caso houvesse impedimento de realizá-las no próximo dia 04 de outubro de 2020.  “Fazer uma eleição em 2021 é completamente fora de rota. Minha opinião é de que seja feita em 2022. Não faz sentido nenhum fazer eleições em 2021”, diz o deputado.

Apesar da defesa, juristas afirmam que não é possível prorrogar os mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. Entretanto, Gustinho acredita que o adiamento das eleições automaticamente culminaria com a prorrogação dos mandatos. “Se está prorrogando, a lógica natural da coisa é você colocar em 2022. Fazer uma eleição em 2021 é completamente fora de rota. Minha opinião é de que seja feita em 2022”, argumenta.
De acordo com o JL Política, o adiamento do pleito teria como uma das principais beneficiárias a prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro, esposa do parlamentar. No entanto, há que se observar que mesmo antes da pandemia, Gustinho já defendia a unificação das eleições. “Tenho defendido isso já há um bom tempo, assim como mandatos de cinco anos, sem reeleição para o Executivo. Eleições realizadas em um dia mesmo, ou até em dois, no máximo. Poderia ser no sábado e no domingo. Prefeitos e vereadores no sábado, e o restante no domingo”, salienta.

Pontos de vista diferentes
Enquanto Gustinho Ribeiro defende o adiamento das eleições, o deputado federal também lagartense, Fábio Reis (MDB/SE), líder da bancada sergipana no Congresso Nacional, defende que o pleito seja realizado ainda este ano.

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