9 de nov. de 2014

Estância de Luto: morreu o jornalista Carlos Tadeu



A redação da A Tribuna Cultural, recebeu a informação preliminar via telefone, através do estanciano e professor José Carlos de Oliveira, sobre o falecimento do jornalista e cronista Daniel Fernandes Reis, 79 anos, que tinha como pseudônimo literário, Carlos Tadeu. Ultimamente ele estava residindo no bairro Cirurgia, em Aracaju.
De acordo com informação da sobrinha do jornalista, Paula Reis, o jornalista estava muito doente. Chegou a ficar internado por cinco meses no Hospital São Lucas, para se tratar de uma pneumonia. Segundo Paula, ele também estava sem conseguir se alimentar direito, quando voltou a se internar, passando um mês no nosocômio.
Carlos Tadeu era natural da cidade de Lagarto, mas escolheu ainda menino, Estância como sua cidade do coração. Daniel era filho do português, Mestre Reis, que foi construtor de diversas obras em Estância, a exemplo do Coreto da Praça Barão do Rio Branco e tantas outras arquiteturas, localizadas nessa região central. E de dona Carminha, que passou grande parte de sua vida numa cadeira de rodas. Morreu com um século de vida.

Tadeu era o filho caçula do casal Reis e Carminha e tinha dos irmãos: José Emílio Reis e José Luiz Reis, ambos aposentados do Banco do Brasil. Durante muito tempo (14 anos), ele dirigiu a Biblioteca Municipal “Monsenhor Fernandes Silveira”. Durante esse período como dirigente, a transformou em um dos pontos de maior contato cultural da juventude estanciana. Uma grande parte das suas crônicas decorre de entrevistas feitas durante esse período.
O jornalista conseguiu lançar no mundo jornalístico, vários jovens que freqüentavam a referida biblioteca, na imprensa escrita local e no Estado, inclusive o proprietário deste site e jornal, Magno de Jesus.
O jornalista Carlos Tadeu escreveu para uma série de jornais de Estância, como: A Tribuna do Município, A Tribuna Cultural, Gazeta de Estância, Folha Trabalhista, Folha da Região, Estância Com Amor, Nosso Jornal, Jornal Folha de Lagarto (Lagarto) e Jornal da Manhã (Aracaju).
Desde menino, Carlos Tadeu foi acometido por uma doença, vindo em seguida a perder a audição, e com isso, passou a se comunicar com as pessoas, por meio da escrita, porém conseguiu lançar com a ajuda de muitas pessoas, dentre elas José Carlos de Oliveira, Carlito Sobral, Major Oswaldo, Frederico Camelier, Sebastião Pires, Décio Carreta Júnior, Luiz Jorge, Roberto Oliveira, Cordélia Nascimento, Joaquim Campelo, Elizete Rodrigues e Edemeia Pituba, cinco livros, intitulados: “Crônicas da Vida”, um projeto importante de sua vida, onde reuniu a maior parte da sua experiência jornalística vivida em contato com a realidade, o sonho, a frustração e a esperança das pessoas de Deus.
Carlos Tadeu faleceu no dia7, por volta das 18h00, no Hospital São Lucas e foi sepultado na manhã de ontem, 8, às 11h00, no Cemitério Nossa Senhora da Piedade.
Por :A Tribuna Cultural, da redação

FOLHA DE LAGARTO
A direção deste site, bem como todos que fazem o Jornal Folha de Lagarto na pessoa de seu diretor Raimundinho do Jornal vem de público externar votos de pesar a toda família, pela passagem deste grande ser humano que foi Daniel Fernandes Reis, mais conhecido por CARLOS TADEU, natural de Lagarto, onde teve grandes amigos, inclusive esse que escreve esta nota. Por muitas vezes estive em Estância na casa do confrade amigo, pois nos anos 90 tínhamos uma coluna em nosso jornal escrita por esse mestre das crônicas. Para mim, conhecer Carlos Tadeu foi uma lição de vida, pois o amor pela imprensa estava estampado em seu rosto, um homem simples e que toda sua comunicação com as pessoas era através do papel, você perguntava e ele respondia escrevendo, era realmente uma lição de vida e de amor, nada mais justo ele ter ido morar em Estancia, afinal a cidade é conhecida como berço da cultura. Todas as vezes que tive a oportunidade de visita-lo uma nova edição de seu livro tinha acabado de ser lançado e sempre mim agraciava com um e fazia ele, questão de autografa-lo. Que Deus lhe coloque em um bom lugar, aos familiares nossos votos de pesar, mesmo sem ter os conhecidos pessoalmente.

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