22 de jul. de 2014

LAGARTO ESTA DE LUTO: MORRE O DEFENSOR PÚBLICO JOAQUIM PRATA, AOS 67 ANOS



Os membros da Defensoria Pública do Estado de Sergipe lamentam profundamente a perda inesperada do defensor público titular da Comarca de Lagarto, Joaquim Prata Souza, 67 anos, ocorrido na madrugada desta terça-feira, 22, no Hospital São Lucas, onde estava internado há cerca de 15 dias para tratamento de um câncer no pulmão e na coluna.
Joaquim Prata ocupava o cargo de defensor público desde 1988. Sua trajetória profissional foi pautada pela honestidade, dedicação e ética por cerca de 25 anos prestando serviço à população carente de Lagarto.
Além de defensor público, Joaquim Prata era professor e escritor. No dia 19 de abril de 2013, tomou posse como imortal da Academia Lagartense de Letras, ocupando a cadeira nº 3.

O defensor público geral, Raimundo Veiga considera uma perda imensurável. “Dr. Joaquim pregou sempre na vida a ética e seriedade, atendendo a todos os assistidos com humildade e dedicação. Um cidadão respeitado na comunidade de Lagarto e adjacências. Uma grande perda para o quadro funcional”, relembrou emocionado.
O subdefensor geral, Jesus Jairo Lacerda, disse que hoje é um dia triste para todos os defensores públicos. “Perdemos mais que um colega, um amigo que dedicou toda sua vida em prol de nossa instituição. Que Deus o ilumine e que conforte o coração da família”, expressa. 
 “Perdemos um grande e honroso soldado no nosso exército de Defensores. Homem íntegro, honesto com um sorriso característico. Um Defensor que honrou a profissão, tendo uma grande importância para todos os cidadãos lagartenses que algum dia precisaram da sua nobre atuação e defesa. Que descanse em paz Dr. Joaquim”, disse a corregedora geral Isabelle Peixoto.
Para o membro do Conselho Superior, Leó Neto, Joaquim Prata foi um grande defensor público. “Foi um abnegado pela profissão e extremamente simpático, uma pessoa de bom coração. Conhecia-me muito bem e a minha família, que é de Lagarto. Gostava muito dele, foi uma grande perda”, enfatizou emocionado.
“A morte silencia os vivos como forma de reflexão. A partida do amigo e colega Joaquim Prata nos deixa impactados pela história da sua vida pessoal e profissional. Saudades, pedido de consolo e conforto à família”, lamenta a defensora pública e vereadora suplente de Aracaju, Emília Correa, filha de Jose Correia Sobrinho. 
O corpo está sendo velado no Velatório Marcelino, localizado na Praça do Bolinho, no município de Lagarto. O sepultamento ocorrerá no Cemitério local às 16h.

Por: Débora Matos Fax Aju


O SILÊNCIO DA FRATERNIDADE
 Por: Rodrigo Freire de Amorim - I9Lagarto

Disse, outrora, o poeta, que: “a noite abre as flores em silêncio e deixa que o dia receba os agradecimento”, assim foi Dr. Joaquim Prata, que, como uma flor maviosa, exalou pela sua trajetória serena e acolhedora, o mais belo e precioso perfume de humanidade, consideração e respeito para com as pessoas que o circundavam.
Exímio jurista, redator, historiador, poeta, contista, membro da Academia Lagartense de Letras, detentor de uma intelectualidade aguçadíssima, e, principalmente, dono de um coração que alimentava o amor e o carinho pelas pessoas, independente da classe social que ocupavam; este foi e sempre será seu legado. Lagarto, com certeza, perde um de seus mais ilustres filhos, sem direito a sucessor.
Eu fui vítima, no bom sentido, é claro, deste ser incomparável, de amor incondicional, pois recordo-me que, quando eu estava a cursar o segundo período da faculdade, ele, no mais humilde degrau de sua sapiência, chamou-me para auxiliá-lo na Defensoria Pública de Lagarto e eu, atônito, não sabia em que poderia ajudá-lo, isto é, ser útil, pois ainda dava meus primeiros passos na academia, apenas sabendo, no interior do espírito, que acompanhá-lo seria, como o foi, o maior dos aprendizados, jamais ensinado em banco nenhum no âmbito acadêmico. Aquela luz pulsante do convite, abriu-me as portas para um mundo novo e hoje, justificadamente, sinto a ausência desse grande baluarte, que levarei agregado comigo para todo o sempre.
Fica, aqui, registrado, a importância de Dr. Joaquim na comunidade lagartense. Inelutavelmente, ele não deixará apenas sua família enlutada, mas, também, todos os cidadãos de Lagarto, que ficam órfãos do seu maior protetor jurídico, exemplo de humanidade e amizade.
Adeus, querido imortal, que o silêncio da fraternidade de sua companhia possa ecoar no mais belo e singelo recôndito do paraíso, onde é o seu verdadeiro lugar.

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