Já foram registrados
cerca de 500 casos de picada de escorpião neste ano.
A única forma de prevenir picadas é manter o
ambiente limpo e sem entulhos.
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Escorpião amarelo é um dos tipos mais perigosos encontradosem Sergipe (Foto: Marina Fontenele/G1) |
O escorpião é o animal peçonhento responsável pelo maior
número de incidentes em residências em Sergipe.
Somente no período entre janeiro e meados de setembro deste ano foram
registrados cerca de 500 casos de picadas. O tipo mais perigoso comum e um dos
mais perigosos é o escorpião amarelo.
Segundo
dados do Centro de Informações e Assistência Toxicológica (Ciatox), em seguida
vêm casos envolvendo serpentes venenosas, aranhas, dengue, ratos e abelhas. Isso
acontece porque o escorpião se instala dentro das casas e se esconde em
ambientes escuros como sapatos.
“Grande
maioria dos casos de picadas acontecem dentro das residências, por isso é
importante manter o ambiente limpo e tomar as mesmas precauções que previnem o
mosquito transmissor da dengue, além de outras medidas complementares”, afirma
a médica veterinária Monique Santana, coordenadora do Programa Estadual da
Raiva, Leptospirose e Animais Peçonhentos.
O
Nordeste é uma região propícia para a multiplicação do escorpião que é adaptado
as altas temperaturas. O animal costuma se alojar em terrenos baldios e em
locais onde há acúmulo de materiais de construção, mato, lixo ou lenha. Segundo
Monique, não há veneno que comprovadamente seja capaz de combater o escorpião,
por isso a única forma de prevenir a presença dele é manter a casa limpa,
colocar telas nos ralos, portas e janelas e conferir as roupas, cama, sofá e
calçados antes de utilizá-los. “A barata faz parte da alimentação básica do
escorpião, portanto se o local for infestado pelo inseto as chances de aparecer
escorpiões serão maiores”, alerta a veterinária.
Sintomas
e tratamento
-
A picada
do escorpião causa dor intensa, inflamação no local, sensação de ardência ou
agulhadas, e pode acarretar aumento da frequência cardíaca, suor, enjoo,
vômito, dificuldade para respirar e queda de pressão. A picada pode ser ainda
mais perigosa em crianças e idosos por causa da fragilidade do sistema de
imunidade mais frágil. Em 2011, foi registrada a última morte provocada pela
peçonha do animal em Sergipe.
A
depender da espécie, o tratamento pode ser feito em casa com alguns cuidados
como aplicar gelo no local, proteger a pele com um pano limpo, tomar
analgésicos para o alívio da dor e repouso. “Mas o indicado é procurar
imediatamente alguma unidade de saúde para que o médico possa avaliar a
situação, pois a depender do caso, a pessoa terá que receber o soro antídoto do
veneno. Se possível, levar o animal em um potinho para ajudar no diagnóstico”,
orienta a veterinária Monique.
O Governo
do Estado fornece o treinamento aos agentes de saúde e endemias dos municípios
para que eles identifiquem focos do animal e ajudem na prevenção de novos
incidentes.
O Ciatox
funciona em uma unidade anexa ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Lá,
uma equipe multidisciplinar presta atendimento e dá informações sobre a
prevenção, diagnóstico e tratamento de vítimas de intoxicação e envenenamento.
Por: Marina Fontenele Do G1 SE
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