Hospital de Lagarto garante suporte ao Serviço de Remoção Inter-Hospitalar

Por: Tito Lívio de Santana

Oldegar Alves Junior - Superintendente HRL

Às vésperas de completar três anos de inaugurado, o Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), no município de Lagarto, vem se constituindo como uma das principais unidades de suporte para o recém-implantado Serviço de Remoção Inter-Hospitalar Assistida (SIRHA) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e Fundação Hospitalar de Saúde (FHS).
O serviço assegura maior rapidez, segurança e conforto na transferência de pacientes de baixa complexidade entre os hospitais da rede hospitalar de urgência e emergência do Estado. O SIRHA também garante agilidade no encaminhamento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) internados no HRL e que necessitam do atendimento de alta complexidade.

É nesse contexto que se insere o HRL. O SIRHA também atende a pacientes internados que estejam estabilizados, que não precisam de assistência de suporte avançado, como o prestado pelo Samu 192 Sergipe, mas necessitam de avaliação de especialista e realização de exames. De forma humanizada, o paciente tem direito à presença de um acompanhante, na hora da transferência, comenta a coordenadora de Pronto Socorro do HRL, Daniela Souza da Silva.

Luciana Prudente - Coordenadora do SIRHA

Além de regular o atendimento nas unidades da rede estadual, desafogando o Huse, o SIRHA também complementa e dá suporte ao Samu, à medida em encaminha pacientes de baixo grau de risco às unidades de urgência e emergência vinculadas à FHS. O Serviço de Remoção contribui também para fluir o trabalho do Samu, fazendo com que o mesmo execute exclusivamente o papel para o qual foi concebido no atendimento a pacientes em situação de urgência e emergência, reforça o superintendente do HRL, Oldegar Alves Júnior.
De acordo com a coordenadora do SIRHA, Luciana Prudente, o Hospital de Lagarto desempenha um papel importante de apoio ao serviço. O HRL consolida-se como importante referência regional. Além de absorver a demanda com resolutividade, com baixa taxa de transferência para o Huse, ele garante suporte à rede FHS, contribuindo para operacionalizar o fluxo da ortopedia (juntamente com os hospitais de Nossa Senhora do Socorro, Itabaiana e Huse), na oferta serviços de exames complementares e no gerenciamento dos leitos para pacientes encaminhados pelas demais unidades, destacou.

Demanda e estrutura

Toda a regulação do serviço é feita a partir de uma central 24 horas. O SIRHA atende aos chamados secundários (oriundos das unidades vinculadas à (FHS) para demandas de remoção inter-hospitalar de pacientes de baixo risco clínico, com a finalidade de transferência hospitalar, realização de exame ou procedimento externo, avaliação de especialista e alta social, em casos especiais. O serviço não atende àquelas solicitações feitas diretamente pela população, como no caso do Samu, pontua Luciana Prudente.

Ainda segundo a coordenadora do serviço, desde que foi implantado até agora, o SIRHA já registra quase 550 chamados, dos quais 29,2% são de transferência hospitalar. Deste total de pedidos de remoção hospitalar, o Huse respondeu, até agora, por 71,8% e o Hospital Regional de Lagarto por 8,3%. Outros 28,2% do total de chamados foram de remoções para exame ou procedimento, 20,6% para transferência de gestante de baixo risco, em trabalho de parto, da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) para a Maternidade Santa Isabel, em Aracaju. 10,1% tiveram como motivo avaliação de especialista e outros 12% foram gerados por alta social, contabiliza Luciana.
O SIRHA dispõe atualmente de uma estrutura formada por dez ambulâncias equipadas com o mesmo padrão das Unidades de Suporte Básico (USB) do Samu. O serviço tem o suporte de mais de 80 profissionais, sendo 36 técnicos de enfermagem, quatro enfermeiros, dois administradores, cinco supervisores de frota e 36 condutores.