Ele foi convidado para estar no plenário da Câmara Municipal de Lagarto pelo vereador Kléber de João Maratá (PRTB).
Convidado pelo vereador Kléber de João Maratá (PRTB), o superintendente do Hospital Regional de Lagarto (HRL), Oldegar Alves Júnior, esteve no plenário da Câmara Municipal de Lagarto na sessão de hoje quinta-feira (13) para fazer explanações acerca do atendimento hospitalar da unidade e responder os questionamentos dos vereadores da Casa. Na oportunidade ele destacou a falta de médicos no estado como o principal problema do hospital.
Usando a tribuna, Oldegar iniciou sua fala apresentando um breve histórico do hospital em Lagarto, desde sua fundação, em julho de 2010, até a expansão da unidade nos dias atuais, que abrange atendimento para toda região centro-sul e demais cidades do interior de Sergipe, Bahia e em certos casos Alagoas, e elogiou sua estrutura.
"Hospitais da rede privada em Aracaju não dispõem de aparelhos que o hospital [regional] dispõe", destacou Oldegar sobre os R$ 13 milhões investidos em obras, R$ 6 milhões em equipamentos e R$ 2 milhões em mobiliário técnico.
Em relação algumas reclamações sobre a demora no atendimento, o superintendente tratou de esclarecer alguns pontos. Um deles corresponde ao Acolhimento com Classificação de Risco. "Esse dispositivo é que organiza o atendimento no hospital", explicou sobre a "coloração" do paciente: azul, para os casos leves que não deviam ser tratados no HRL (atendimento em até 6h), verde, para casos que não correm risco de morte (atendimento em até 4h), amarelo, com 17 leitos, para casos graves, e vermelho, com três leitos, para casos gravíssimos, ambos com atendimento de urgência e emergência.
Mas segundo ele, as principais críticas vêm de pacientes com problemas leves como dor de cabeça, dor de dente e sintomas do tipo. Ele citou o exemplo do "surto de piolho" ocorrido no último mês do qual 50 casos foram registrados no HRL. "Dos seis mil pacientes por mês, apenas dois mil deviam estar no hospital", exemplificou.
Apesar dos 445 funcionários, 36 médicos, a falta de profissionais é o principal problema pelo qual o HRL passa no momento. "Nós construímos uma gama de esforços para fechar a escala [médica]", justificou Oldegar em relação à dificuldade em trazer médicos para trabalhar no interior, apesar da escala, segundo ele, já completar 85 por cento do ideal (com o aumento 17 a partir da gestão do superintendente).
Vereadores como Joselmo de Antônio Simões (PSC), Pedrinho da Telergipe (PR) e Kléber relataram casos em que tiveram problemas no atendimento do hospital.
Joselmo narrou um episódio no qual sua esposa não pôde ser medicada devido à farmácia estar fechada durante a troca de profissionais. Ele classificou como "vergonhoso" o fato, mas foi respondido pelo superintendente, que considerou o caso como "raro" e de "exceção" e garantiu não haver problemas quanto a isso. "Se fosse um paciente com risco de morte ele teria sido salvo", falou Oldegar justificando as farmácias setoriais existentes no HRL.
Caso parecido foi o de Pedrinho, que também acompanhava a esposa que passou mais de uma hora para ser atendida, segundo ele.
Explicação sobre o problema da superlotação do HRL e problemas leves que são levados ao hospital foi dada por Fábio Frank (PCdoB), Carlos da Brasília (PT) e Washington da Mariquita (PTB), que justificaram a municipalização da saúde e salários defasados dos médicos como causas resultantes no atendimento limitado à população, que é obrigada a se deslocar à unidade regional.
"O problema do hospital não podemos esconder, é culpa do município, que não tem posto de saúde. Na região da Mariquita o médico vem uma vez por mês", falou, citando pessoas que não conseguem atendimento e acabam indo até o HRL procurando resolver o problema de saúde.
Ao final, Oldegar recebeu felicitações e agradecimentos de vereadores como Enilton da Farmácia (PMDB), que destacou a importância do hospital regional para o município de Lagarto.
Fonte: Portal Lagartense
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