A Justiça de São Paulo suspendeu na ultima
terça-feira (6) o processo criminal aberto contra a pedagoga Maria Verônica
Aparecida Santos, moradora de Taubaté (140 km de São Paulo) que ficou conhecida
por inventar uma gravidez de quadrigêmeas.
Maria Verônica e o marido, Kleber Vieira,
respondiam por suposto crime de estelionato. Em janeiro, a Polícia Civil abriu
inquérito para apurar se o casal agiu de má-fé, por ter recebido presentes e
ajuda financeira para cuidar de quatro Marias, que não existiam.
Segundo o advogado do casal, Enilson de Castro,
os dois foram indiciados, mas cumpriam requisitos previstos em lei --como bons
antecedentes-- que permitem a suspensão pelo prazo de dois anos. Por isso, diz
o defensor, o acordo não entrou na discussão se houve ou não crime. Caso não
pratiquem nenhum crime nesse período, a punibilidade será extinta.
A medida substitui a denúncia. O Ministério
Público diz que a suspensão foi solicitada porque a falsa grávida demonstrou
arrependimento e devolveu todos os bens que ganhou ao anunciar a gravidez.
Em maio, a pedagoga já havia feito um outro
acordo na Justiça de Santa Catarina, por ter apresentado à imprensa como suas
imagens de um ultrassom encontrado na internet. Ela se comprometeu a pagar R$
4.000 por danos morais à mãe do menino que aparece nas imagens.
O advogado de Maria Verônica diz que ela ainda
passa por tratamento psicológico e está melhorando "gradativamente".
Em maio, ele afirmou que a pedagoga foi diagnosticada com "pseudologia
phantastica", doença que a faria criar um "mundo da fantasia" e acreditar
na própria farsa.
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