27 de out. de 2012

HRL fortalece rede estadual de urgência e acesso universal aos serviços do SUS


Com quase 44 mil pacientes atendidos somente de janeiro a setembro deste ano, o HRL tem sido uma das unidades mais resolutivas da rede estadual de urgência e emergência.

Em funcionamento desde julho de 2010 e considerado uma das principais obras estruturais da Saúde implantadas pelo Governo de Sergipe, o Hospital Regional ‘Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro’ (HRL), gerenciado pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) em Lagarto, no Centro-Sul sergipano, tem a cada dia contribuído para o processo de descentralização e regionalização do acesso aos serviços de saúde Estado. Com quase 44 mil pacientes atendidos somente de janeiro a setembro deste ano, o HRL tem sido uma das unidades mais resolutivas da rede estadual de urgência e emergência.


Fruto de um investimento de cerca de R$ 22 milhões por parte do governo sergipano, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o hospital – primeiro a disponibilizar leitos de terapia intensiva no interior – vem ajudando a consolidar a Reforma Sanitária e Gerencial do SUS de Sergipe implementada a partir de 2007, bem como fortalecendo um dos princípios básicos do Sistema Único de Saúde: a universalidade do acesso aos serviços.
“Este hospital tem cumprido cada vez mais sua missão de ofertar atendimentos em urgência e emergência a todos os cidadãos, sem distinção de localidade. O HRL tem assumido este compromisso maior com o usuário, respeitando esse princípio básico do SUS”, reforça Oldegar Alves Júnior, superintendente da unidade.
"Temos redobrado nossos esforços para ampliar o funcionamento das unidades da rede hospitalar de forma a garantir a retaguarda no atendimento. Exemplo disso é a retomada dos procedimentos ortopédicos de rotina no Hospital de Itabaiana, além do reforço na escala no Hospital Regional de Lagarto, que já realizou mais de 70 procedimentos cirúrgicos, desde o final agosto, evitando o encaminhamento dos pacientes para o Huse, como era realizado anteriormente. Esse, para a gestão, é um dos maiores avanços e vamos continuar trabalhando com o objetivo de atingir a nossa meta que a de fazer com a rede hospitalar funcione em sua plenitude", conclui o secretário Silvio Santos.
Números
Prova disso está no número de atendimentos, estratificado por município, realizados pelo Hospital de Lagarto de janeiro a setembro deste ano. Nesse período, dos seis municípios que integram a microrregião de Saúde Centro-Sul, depois de Lagarto (29.306 usuários atendidos), Salgado (2.299) e Simão Dias (1.485) foram as cidades que mais encaminharam pacientes à unidade hospitalar, correspondendo, respectivamente, a 5,2% e 3,4% do total.
O HRL é responsável por garantir cobertura assistencial a uma população estimada em 250 mil pessoas dos seis municípios que compõem a microrregião Centro-Sul: Lagarto, Poço Verde, Riachão do Dantas, Salgado, Simão Dias e Tobias Barreto. Entretanto, a unidade hospitalar também tem assegurado o acesso a serviços de urgência e emergência a pacientes de cidades que integram outras regiões do Estado, como Itabaiana, São Domingos, Campo do Brito, Frei Paulo, Macambira, Boquim e Estância. Este ano, São Domingos, com 1.512 pacientes (3,4%) foi o que mais demandou usuários da microrregião Agreste, seguido de Campo do Brito, com 514 (1,1%).
Municípios fronteiriços da Bahia, como Paripiranga, Itapicuru, Adustina, Fátima e Nova Soure também têm sido beneficiados. “Procuramos o posto de saúde de Poço Verde (SE) e, de lá, eles nos encaminharam para cá. Aqui encontramos toda a assistência necessária, graças a Deus. Gostei muito de tudo”, reconhecia na quinta-feira (25) a lavradora Rivaneide Oliveira Santana, de 42 anos. Natural de Fátima, município baiano distante cerca de 80 km de Lagarto, ela acompanhava a mãe, Alvina Oliveira Santos, de 64.
Diabética e hipertensa, dona Alvina está internada numa ds enfermarias de clínica médica desde o último dia 16 no HRL, aonde chegou com quadro de “pé diabético” (complicação do diabetes mellitus).
Paripiranga
Localizada na região norte da Bahia, que faz fronteira com o Centro-sul de Sergipe, Paripiranga, distante cerca de 36 km de Lagarto, é atualmente o município baiano que mais demanda pacientes para o Hospital Regional ‘Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro’. Somente nos nove primeiros nove meses deste ano, o HRL já havia atendido quase 430 usuários do SUS procedentes de Paripiranga.
A cidade possui apenas uma unidade hospitalar para atendimentos a casos de urgência e emergência, mas mesmo assim com poucos recursos tecnológicos e humanos. “O hospital municipal de Paripiranga funciona apenas como uma unidade de estabilização, não temos estrutura de internamento, por isso nosso perfil é de baixa complexidade”, admite o secretário municipal de Saúde, Hélio Andrade.
De acordo com o secretário, o hospital municipal presta assistência de urgência e emergência em apenas uma especialidade (clínica geral) e atendimentos ambulatoriais em pediatria, ginecologia, cardiologia e psiquiatria. “Nós realizamos entre 80 a 100 atendimentos de urgência e emergência por dia, mas 5% desses pacientes precisamos transferir para outras unidades”, justifica. 
Embora a principal referência para essa transferência seja outro município baiano, Ribeira do Pombal, distante cerca de 110 km de Paripiranga, o secretário admite outras dificuldades na hora da regulação médica. “Nossa referência é Ribeira do Pombal, mas isso quando nós conseguimos regular o paciente, pois geralmente falta médico”, diz. “Lá também possui centro cirúrgico, mas muitas vezes faltam profissionais e, quando tem, o hospital já está superlotado”, reconhece. Ao contrário de Lagarto, o município baiano também não dispõe de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)  como o que foi implantado em Sergipe, com o advento da Reforma Sanitária e Gerencial do SUS.
Por isso, de acordo ainda com o secretário de Paripiranga, as obras e ações na Saúde que o Governo de Sergipe, por meio da SES e FHS, vem realizando desde 2007 para reestruturar a rede estadual de urgência e emergência, como a implantação do HRL, ganham um significado ainda maior na assistência à população da cidade baiana. “Quando precisamos transferir, temos que recorrer a Lagarto, Itabaiana e Aracaju. E Lagarto, pela sua proximidade e pelo suporte que oferece, acaba se tornando nossa referência e essencial para a assistência ao nosso paciente”, salienta.

Por: Tito Lívio de Santana - Ascom HRL

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