Com quase 44
mil pacientes atendidos somente de janeiro a setembro deste ano, o HRL tem sido
uma das unidades mais resolutivas da rede estadual de urgência e emergência.
Em
funcionamento desde julho de 2010 e considerado uma das principais obras
estruturais da Saúde implantadas pelo Governo de Sergipe, o Hospital Regional
‘Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro’ (HRL), gerenciado pela Fundação
Hospitalar de Saúde (FHS) em Lagarto, no Centro-Sul sergipano, tem a cada dia
contribuído para o processo de descentralização e regionalização do acesso aos
serviços de saúde Estado. Com quase 44 mil pacientes atendidos somente de
janeiro a setembro deste ano, o HRL tem sido uma das unidades mais resolutivas
da rede estadual de urgência e emergência.
Fruto de
um investimento de cerca de R$ 22 milhões por parte do governo sergipano,
através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o hospital – primeiro a
disponibilizar leitos de terapia intensiva no interior – vem ajudando a
consolidar a Reforma Sanitária e Gerencial do SUS de Sergipe implementada a
partir de 2007, bem como fortalecendo um dos princípios básicos do Sistema
Único de Saúde: a universalidade do acesso aos serviços.
"Temos
redobrado nossos esforços para ampliar o funcionamento das unidades da rede
hospitalar de forma a garantir a retaguarda no atendimento. Exemplo disso é a
retomada dos procedimentos ortopédicos de rotina no Hospital de Itabaiana, além
do reforço na escala no Hospital Regional de Lagarto, que já realizou mais de
70 procedimentos cirúrgicos, desde o final agosto, evitando o encaminhamento
dos pacientes para o Huse, como era realizado anteriormente. Esse, para a
gestão, é um dos maiores avanços e vamos continuar trabalhando com o objetivo
de atingir a nossa meta que a de fazer com a rede hospitalar funcione em sua
plenitude", conclui o secretário Silvio Santos.
Números
Prova
disso está no número de atendimentos, estratificado por município, realizados
pelo Hospital de Lagarto de janeiro a setembro deste ano. Nesse período, dos
seis municípios que integram a microrregião de Saúde Centro-Sul, depois de
Lagarto (29.306 usuários atendidos), Salgado (2.299) e Simão Dias (1.485) foram
as cidades que mais encaminharam pacientes à unidade hospitalar,
correspondendo, respectivamente, a 5,2% e 3,4% do total.

Municípios
fronteiriços da Bahia, como Paripiranga, Itapicuru, Adustina, Fátima e Nova
Soure também têm sido beneficiados. “Procuramos o posto de saúde de Poço Verde
(SE) e, de lá, eles nos encaminharam para cá. Aqui encontramos toda a
assistência necessária, graças a Deus. Gostei muito de tudo”, reconhecia na
quinta-feira (25) a lavradora Rivaneide Oliveira Santana, de 42 anos. Natural
de Fátima, município baiano distante cerca de 80 km de Lagarto, ela acompanhava
a mãe, Alvina Oliveira Santos, de 64.
Diabética
e hipertensa, dona Alvina está internada numa ds enfermarias de clínica médica
desde o último dia 16 no HRL, aonde chegou com quadro de “pé diabético”
(complicação do diabetes mellitus).
Paripiranga
Localizada
na região norte da Bahia, que faz fronteira com o Centro-sul de Sergipe,
Paripiranga, distante cerca de 36 km de Lagarto, é atualmente o município
baiano que mais demanda pacientes para o Hospital Regional ‘Monsenhor João
Batista de Carvalho Daltro’. Somente nos nove primeiros nove meses deste ano, o
HRL já havia atendido quase 430 usuários do SUS procedentes de Paripiranga.
A cidade
possui apenas uma unidade hospitalar para atendimentos a casos de urgência e
emergência, mas mesmo assim com poucos recursos tecnológicos e humanos. “O
hospital municipal de Paripiranga funciona apenas como uma unidade de
estabilização, não temos estrutura de internamento, por isso nosso perfil é de
baixa complexidade”, admite o secretário municipal de Saúde, Hélio Andrade.
De acordo
com o secretário, o hospital municipal presta assistência de urgência e
emergência em apenas uma especialidade (clínica geral) e atendimentos
ambulatoriais em pediatria, ginecologia, cardiologia e psiquiatria. “Nós
realizamos entre 80 a 100 atendimentos de urgência e emergência por dia,
mas 5% desses pacientes precisamos transferir para outras unidades”,
justifica.
Embora a
principal referência para essa transferência seja outro município baiano,
Ribeira do Pombal, distante cerca de 110 km de Paripiranga, o secretário admite
outras dificuldades na hora da regulação médica. “Nossa referência é Ribeira do
Pombal, mas isso quando nós conseguimos regular o paciente, pois geralmente
falta médico”, diz. “Lá também possui centro cirúrgico, mas muitas vezes faltam
profissionais e, quando tem, o hospital já está superlotado”, reconhece. Ao
contrário de Lagarto, o município baiano também não dispõe de Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) como o que foi implantado em
Sergipe, com o advento da Reforma Sanitária e Gerencial do SUS.
Por isso,
de acordo ainda com o secretário de Paripiranga, as obras e ações na Saúde que
o Governo de Sergipe, por meio da SES e FHS, vem realizando desde 2007 para
reestruturar a rede estadual de urgência e emergência, como a implantação do HRL,
ganham um significado ainda maior na assistência à população da cidade baiana.
“Quando precisamos transferir, temos que recorrer a Lagarto, Itabaiana e
Aracaju. E Lagarto, pela sua proximidade e pelo suporte que oferece, acaba se
tornando nossa referência e essencial para a assistência ao nosso paciente”,
salienta.
Por: Tito Lívio de Santana -
Ascom HRL
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