“O atendimento
aqui é ótimo, organizado. Minha mãe estava na Área Vermelha, melhorou, foi para
a Amarela e agora, graças a Deus, já está nesta enfermaria”. A declaração feita
nesta sexta-feira, 8, pela cozinheira Gilvanete Ribeiro dos Santos, 32, reflete
bem o grau de satisfação dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) atendidos
no Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), unidade
gerenciada pela Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) no município de Lagarto,
região Centro Sul de Sergipe.
Gilvanete
acompanhava a mãe, Jocilene Ribeiro, 66, em uma das enfermarias da Clínica
Médica do HRL. Residente em Lagarto, a dona de casa, que é diabética e
hipertensa, está internada há 11 dias na unidade hospitalar, considerada uma
das mais resolutivas da rede hospitalar de urgência e emergência do Estado.
Somente no mês de maio, o Hospital Regional de Lagarto, construído a partir da
Reforma Sanitária Gerencial do SUS de Sergipe implementada a partir de 2007
pelo Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES),
realizou 12.621 atendimentos de urgência e emergência, entre procedimentos
clínicos, de enfermagem em geral, consultas especializadas em pediatria e
ortopedia, além de tratamentos clínicos de traumas ortopédicos.
No mesmo período, o HRL atendeu a 5.421 pacientes. Às vésperas de completar dois anos de funcionamento no próximo mês de julho, o Hospital Regional de Lagarto tem contribuído cada vez mais para reduzir o fluxo de pacientes para a capital, Aracaju, desafogando assim o atendimento no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). A unidade garante cobertura assistencial a uma população de cerca de 250 mil pessoas dos sete municípios que integram a regional de saúde do Centro Sul sergipano (Lagarto, Poço Verde, Riachão do Dantas, Salgado, Simão Dias e Tobias Barreto).
“Hoje nós temos uma taxa de transferência muito pequena para a capital, uma UTI funcionando a pleno vapor, com dez leitos, na qual recebemos não somente os pacientes da nossa região, mas também aqueles que precisam de suporte de terapia intensiva de outras regionais de saúde do Estado, como Itabaiana e Aracaju”, explica o superintendente do hospital, Fábio Mendes Fernandes. Prova dessa resolutividade é que a unidade fechou o mês de maio com uma taxa de transferência externa de pacientes de 1,4%, ou seja, em torno de 98% dos usuários assistidos pelo HRL tiveram seus problemas de saúde resolvidos na própria unidade.
Reversão de fluxo
Esse quadro de reversão de fluxo de pacientes, que antes predominantemente era do interior para a capital, vem ocorrendo devido aos recursos tecnológicos incorporados ao Hospital Regional de Lagarto, primeira unidade pública do interior a dispor de leitos de UTI. “Essa reversão se dá porque temos no HRL uma boa operacionalidade e vem beneficiando principalmente pacientes com indicação de UTI, que estão entubados e fazendo uso de ventilação mecânica, oriundos em grande parte das Áreas Vermelha e Amarela do Huse”, explica o diretor técnico do HRL, Johnson Lucas. “Outro fator é a naturalidade desses pacientes, ou seja, em sua maioria são de Lagarto e de municípios da região Centro-Sul”, acrescenta.
Além dos municípios sergipanos, o HRL, que representou um investimento de pouco mais de R$ 22 milhões por parte do Governo de Sergipe, hoje também garante assistência a pacientes de cidades que fazem fronteira ou estão próximas à divisa de Sergipe com outros estados. É o caso dos usuários oriundos de Paripiranga, Adustina, Fátima, Nova Soure e Heliópolis, todos na Bahia, o que tem contribuído ainda mais para desafogar o Huse, já que antes da existência do Hospital Regional de Lagarto, esses pacientes naturalmente eram encaminhados para aquela unidade na capital.
No caso desses pacientes, o diretor técnico alerta que muitas vezes esses pacientes advindos da Bahia chegam sem qualquer regulação médica, mas não deixam de ser atendidos. “Temos casos de pacientes críticos que necessitariam de suporte avançado de vida, como o proporcionado pelo Samu 192 Sergipe, mas na maioria das vezes chegam ao hospital em ambulâncias de remoção simples, com motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem”, ressalta.
Cirurgias
Ativado no início de abril deste ano, o Centro Cirúrgico do HRL também já vem impactando na redução de pacientes que antes teriam que recorrer ou serem encaminhados para o Huse. Em maio, a unidade realizou 18 procedimentos, entre os quais quatro apendicectomias, uma cirurgia de hérnia umbilical, outra de hérnia inguinal, além de um parto vaginal e uma laparotomia exploratória. No mesmo período, o Hospital Regional de Lagarto realizou ainda pouco mais de 11 mil exames complementares. Somente os exames laboratoriais clínicos totalizaram quase 9,3 mil.
No mesmo período, o HRL atendeu a 5.421 pacientes. Às vésperas de completar dois anos de funcionamento no próximo mês de julho, o Hospital Regional de Lagarto tem contribuído cada vez mais para reduzir o fluxo de pacientes para a capital, Aracaju, desafogando assim o atendimento no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). A unidade garante cobertura assistencial a uma população de cerca de 250 mil pessoas dos sete municípios que integram a regional de saúde do Centro Sul sergipano (Lagarto, Poço Verde, Riachão do Dantas, Salgado, Simão Dias e Tobias Barreto).
“Hoje nós temos uma taxa de transferência muito pequena para a capital, uma UTI funcionando a pleno vapor, com dez leitos, na qual recebemos não somente os pacientes da nossa região, mas também aqueles que precisam de suporte de terapia intensiva de outras regionais de saúde do Estado, como Itabaiana e Aracaju”, explica o superintendente do hospital, Fábio Mendes Fernandes. Prova dessa resolutividade é que a unidade fechou o mês de maio com uma taxa de transferência externa de pacientes de 1,4%, ou seja, em torno de 98% dos usuários assistidos pelo HRL tiveram seus problemas de saúde resolvidos na própria unidade.
Reversão de fluxo
Esse quadro de reversão de fluxo de pacientes, que antes predominantemente era do interior para a capital, vem ocorrendo devido aos recursos tecnológicos incorporados ao Hospital Regional de Lagarto, primeira unidade pública do interior a dispor de leitos de UTI. “Essa reversão se dá porque temos no HRL uma boa operacionalidade e vem beneficiando principalmente pacientes com indicação de UTI, que estão entubados e fazendo uso de ventilação mecânica, oriundos em grande parte das Áreas Vermelha e Amarela do Huse”, explica o diretor técnico do HRL, Johnson Lucas. “Outro fator é a naturalidade desses pacientes, ou seja, em sua maioria são de Lagarto e de municípios da região Centro-Sul”, acrescenta.
Além dos municípios sergipanos, o HRL, que representou um investimento de pouco mais de R$ 22 milhões por parte do Governo de Sergipe, hoje também garante assistência a pacientes de cidades que fazem fronteira ou estão próximas à divisa de Sergipe com outros estados. É o caso dos usuários oriundos de Paripiranga, Adustina, Fátima, Nova Soure e Heliópolis, todos na Bahia, o que tem contribuído ainda mais para desafogar o Huse, já que antes da existência do Hospital Regional de Lagarto, esses pacientes naturalmente eram encaminhados para aquela unidade na capital.
No caso desses pacientes, o diretor técnico alerta que muitas vezes esses pacientes advindos da Bahia chegam sem qualquer regulação médica, mas não deixam de ser atendidos. “Temos casos de pacientes críticos que necessitariam de suporte avançado de vida, como o proporcionado pelo Samu 192 Sergipe, mas na maioria das vezes chegam ao hospital em ambulâncias de remoção simples, com motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem”, ressalta.
Cirurgias
Ativado no início de abril deste ano, o Centro Cirúrgico do HRL também já vem impactando na redução de pacientes que antes teriam que recorrer ou serem encaminhados para o Huse. Em maio, a unidade realizou 18 procedimentos, entre os quais quatro apendicectomias, uma cirurgia de hérnia umbilical, outra de hérnia inguinal, além de um parto vaginal e uma laparotomia exploratória. No mesmo período, o Hospital Regional de Lagarto realizou ainda pouco mais de 11 mil exames complementares. Somente os exames laboratoriais clínicos totalizaram quase 9,3 mil.
Por Tito Lívio de Santana
Foto: Ascom FHS e Bruno César/Márcio Dantas Ltda.
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