9 de dez. de 2011

O rádio, a política e o crime


Ferreira Filho
Existe uma máxima definição de que a imprensa é um quarto poder depois dos três constitucionalmente estabelecidos. Diante desse perfil, cotidianamente, ouvido pela população consumidora de informação em todos os segmentos, especialmente, política, observamos acertos, erros, e até exageros nas notícias publicadas, faladas ou televisivas que nos deixam perplexo.
Em Lagarto, especificamente, chama atenção o comportamento de alguns profissionais do rádio que operam diariamente a informação nos seus programas nas suas emissoras que alcançam o absurdo.
Município de política acirrada, a campanha eleitoral não acontece apenas no período definido pela Justiça Eleitoral, funciona o tempo todo, numa espécie de palanque eletrônico, através das emissoras de rádio.
A rádio Progresso AM, de propriedade do ex-prefeito, Zezé Rocha, dispõe de um espaço em sua programação para a família Reis, concedendo-lhe um horário pela manhã, das 06:00 hs às 09:00 hs, onde se ouve de tudo com o objetivo de pejorar e macular a imagem política do atual gestor municipal, chegando ao cúmulo de seu repórter, Adailson Santos, criar um quadro denominado: “Lagarto tem jeito, só falta prefeito”.
Não bastasse essa inventiva “jornalística”, o âncora do programa, Geraldo Macedo, comenta fatos com recomendações à população de que é “preciso mudar”, “ano que vem taí. Falta pouco”, e por aí vai.
Outra prática criminosa rotineira nesse veículo é a utilização de sonoras gravadas de outros programas, e
pejorativamente editado para exibição dentro desse horário reservado para o “jornalismo”.
Lembro-me de uma condenação sofrida por um jornalista, quando este escreveu em sua coluna num jornal de
circulação na capital, a fala de uma autoridade durante entrevista concedida em outro veículo. A autoridade acionou o profissional da comunicação judicialmente com o argumento de que o mesmo não tinha sua autorização para aquela veiculação, o que se assim fosse, teria lhe concedido a entrevista, e não ao outro veículo.
A rádio Eldorado FM serve como um poço, onde aqueles que por algum motivo se desentenderam politicamente, ou administrativamente com o prefeito, possa destilar o seu ódio, e suas contrariedades.
Essa emissora chega a dizer no ar durante seus programas, que se for alguém da prefeitura para participar do programa por telefone, mesmo que seja depois de uma citação, denúncia, questionamento, não participa.
Em poucos dias atrás, o Promotor de Justiça, Antônio Cesar Leite de Carvalho, concluiu um Procedimento Preparatório de Inquérito Civil, decidindo pelo arquivamento, depois de várias denúncias impetradas pelo atual vice-prefeito, Júnior Ribeiro, citado como autor de denúncias descabidas. Em um dos parágrafos o Promotor declara: “Sem sombra de dúvidas Lagarto é uma Cidade sui generis, afinal de contas, instituiu o seguinte cargo’: “denuncista de plantão”.
Essa prática criminosa de atentar contra a imagem política de alguém, tendo como pano de fundo a adversidade, vai além da visibilidade pública, comprometendo até mesmo vida pessoal, que todo homem e mulher, ainda que público, também tem.
O Ministério Público de Lagarto é composto por promotores extremamente atuantes, no entanto, são desafiados a cada dia, quando laboram numa circunscrição municipal recheada de crimes de toda ordem, que vão desde a propaganda eleitoral antecipada, que pode ser a favor e contra, até o dano causado às pessoas ofendidas diariamente.
Matéria do jornalista Ferreira Filho concedida ao Site Lagartense.com.br

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