25 de nov. de 2011

Mulher no CE sonha conhecer filha que pensou estar mortar por 16 anos


Hospital disse que bebê morreu, mas está no registro de vivos, diz mãe. Polícia Civil e Ministério Público investigam o caso no Crato, sul do Ceará.
Depois de 16 anos acreditando que a filha havia morrido ao nascer, a agricultora Luziânia Teixeira dos Santos, do Crato, sul do Ceará, desconfia que ela possa estar viva, ao constatar que o registro da filha no hospital está no livro de bebês que nasceram vivos. 
Na ocasião do nascimento, Luziânia ouviu do médico que a criança havia morrido, mas não chegou a vê-la morta. A Polícia Civil e o Ministério Público estadual estão investigando o caso.
A administração do hospital afirma que, há cerca de vinte anos, o São Francisco era gerido pela Fundação Padre Ibiapina, que foi procurada, mas não deu resposta.
"Sua filha não morreu" - Durante 16 anos, Luziânia tentou se conformar com a ausência da filha, que havia nascido morta, segundo lhe foi relatado no hospital São Francisco, no Crato. Mas recentemente, uma mulher a reconheceu e afirmou que a filha dela está viva. “Ela perguntou 'quantas meninas você tem?' Eu disse que três, mas que morreu uma. Ela olhou para mim e disse 'não, sua filha não morreu', diz.
A agricultora diz que não conhece a mulher e sequer contou qualquer história para ela. Mas que a mesma mulher disse que na mesma época morava com os pais e que adotou uma criança saída da  Maternidade São Francisco, em que os pais eram de um distrito do Crato, chamado Santa Fé. “Como é que a senhora fala que sua filha morreu? Primeiro, a senhora não viu, sua família não viu. Eu disse 'mas o doutor Eduardo disse (que o bebê havia morrido)'”.
Após a conversa, Luziâna ficou desconfiada e resolveu ir até o hospital em busca de um atestado de óbito, mas acabou encontrando o registro da filha no livro dos bebês que nasceram vivos. “Nasceu viva, pesando três quilos, parto normal”, era o que dizia no livro de registros do hospital.
A agricultora conta que a dor foi mais forte do que quando ela saiu após receber a notícia da morte da criança, há 16 anos. “Agora eu não sei o paradeiro dela. não sei com quem ela está. talvez esteja em uma boa, também. Ninguém sabe, né?”. Ela pede que a família que esteja com sua filha, entre em contato. “Meu sonho é conhecer minha filha”, ressalta.
Luziâna e o marido moram em um sítio na zona rural do Crato. Eles são agricultores e
do que tiram da terra, criaram seis filhos, quatro rapazes e duas meninas. A jovem que, segundo
ela, estaria desaparecida, seria a terceira filha.
Investigação
Na polícia, o suposto desaparecimento começou a ser investigado, mas o inquérito ainda não teve conclusão, segundo o policial civil, Mário Gomes. Entre as testemunhas que serão ouvidas, estão o médico e a enfermeira que atenderam dona Luziâna há 16 anos. “A polícia, quando toma conhecimento de um fato, passa a investigar a verdade desse fato, saber se realmente essa criança sobreviveu”, afirma Gomes.
O Ministério Público estadual também está investigando o suposto sumiço da criança, mas informou que o caso corre em segredo de justiça. Fonte G1

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