As universidades estrangeiras entraram para o roteiro dos estudantes do Brasil. Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apontam que o número de brasileiros estudando fora aumentou 14% entre 2008 e 2009.
Os países para os quais o Brasil manda mais universitários, segundo o órgão, são os Estados Unidos, França, Portugal, Espanha e Alemanha. Mas não é somente a pós-graduação que tem caído nas graças dos brasileiros. Fazer graduação fora tem sido a primeira opção de estudantes.
Investimento - Cursando o terceiro ano do ensino médio, a estudante Vitória Leal, 18 anos, faz aulas avançadas de cálculo e inglês para pleitear uma vaga em engenharia civil ou administração internacional em uma universidade americana.
“Eu tenho que decidir até dezembro”, conta, preocupada. O mês é o prazo para que ela dê entrada na documentação necessária. Vitória tem em quem se espalhar: seus irmãos mais velhos já estão estudando no exterior. Um está na Nova Zelândia e outro nos Estados Unidos.
Sua amiga Júlia Souza, 16 anos, vai decidir sobre o curso apenas no ano que vem. Mas a preparação já está em andamento: ela assiste a aulas de cálculo, ciências ambientais e política moderna. “Fazer faculdade lá fora vai me deixar mais preparada para o mercado de trabalho”, avalia.
Preparo - Vitória e Júlia estudam na Escola Pan-Americana da Bahia. A instituição oferece aos alunos tanto o diploma brasileiro como o americano. Na escola, 75% dos estudantes escolhem cursar uma universidade no exterior.
“Alguns alunos querem uma perspectiva global que beneficiará seu futuro profissional. Outros encontram uma universidade que oferece uma especialidade ou é forte em uma determinada área que não se encontra no Brasil”, diz o orientador de ensino médio Joseph Tavares.
Quem decidir estudar no exterior precisa ficar atento às peculiaridades da seleção adotada em cada país. Para ser admitida em uma universidade americana, Vitória, por exemplo, terá um longo desafio.
A seleção é baseada em informações sobre o estudante, notas e a grade curricular cursada no ensino médio, atividades dentro e fora da escola, declaração de intenções ou uma redação sobre um tema original e cartas de recomendação de professores. Os candidatos também fazem testes de proficiência na língua (Toefl) e de raciocínio crítico (SAT). Fonte Jornal A Tarde
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