
Trajano deve ocupar a futura Secretaria da Micro e Pequena Empresa. A criação da pasta, que terá status de ministério, tem de ser aprovada pelo Congresso.
Diante da sondagem feita à época, Trajano pediu um tempo para se desvencilhar de suas funções na companhia, enquanto Dilma ficou de acelerar a tramitação do projeto que cria o 39º ministério de seu governo.
A proposta recebeu, recentemente, o carimbo de urgência na tramitação, trancando a pauta de votações se não for apreciada em 45 dias.
Além de tocar as ações do setor de micro e pequena empresa, Trajano, se aceitar o convite, cuidará de políticas públicas na área da economia solidária. Esse desenho desagrada petistas.
O partido alega conflito entre planejar ações para essas duas áreas. Para o PT, o primeiro visa ao lucro e o segundo atua de modo associativo, cujo princípio é a divisão dos ganhos entre todos.
Identificada com o perfil gerencial de Dilma, a empresária avalia se este é o melhor momento para se afastar da rede varejista, que abriu o capital na Bolsa em maio.
Fora do dia a dia da rede de lojas, Trajano preside o conselho de administração e cuida mais de assuntos estratégicos da varejista.
Empresária engajada, Trajano sempre participou de entidades patronais do varejo nacional. Já foi presidente do IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo) e faz parte do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
A proprietária da Magazine Luiza é próxima de Dilma. É recebida pela presidente sempre que solicita, enquanto muitos donos de empresas, até mesmo de multinacionais, esperam há meses por um encontro.
De São Paulo TONI SCIARRETTA e NATUZA NERY de Brasília
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